Ordens Paramaçônicas

Ordem DeMolays

História da Organização

A Ordem DeMolays foi criada no ano de 1919, fruto da interação entre um homem e um jovem rapaz que se conheceram em um momento de adversidade. Parece que estes momentos trazem o florescer dos grandes acontecimentos.

Em janeiro de 1919, Frank Sherman Land recebeu uma ligação de um Maçom chamado Sam Freet. Ele pedia a Land que recebesse, como pupilo, um jovem órfão de pai que precisava de um emprego de meio expediente e alguma orientação. O moço em questão chamava-se Louis Gordon Lower, tinha 17 anos e ajudava a mãe a manter a família depois da partida do pai, Elmer Lower, que assim como Freet e Land, fazia parte da Loja Ivanhoe.

A experiência de interação entre os dois foi excelente. Tanto que Land deu a ideia de juntar mais jovens convidados por Lower para reunirem-se como um clube. O jovem pupilo atendeu ao chamado levando mais oito jovens: Ralph Sewell, Elmer Dorsey, Edmund Marshall, Jerome Jacobson, William Steinhilber, Ivan Bentley, Gorman McBride, and Clyde Stream. Ao receber estes jovens, aquele homem, que não era tão mais velho que os meninos, sugeriu a criação de um clube no qual eles pudessem se reunir e realizar atividades saudáveis, organizadas e sob a supervisão de um adulto. A ideia foi aceita de pronto.

Emblema DeMolay

Este clube foi muito propício, pois era uma época de pós-guerra e muitos jovens que haviam perdido os pais para a Primeira Guerra Mundial precisavam de um modelo masculino e uma referência paterna que pôde ser preenchida com o cuidado e amor praticamente paternal que foi oferecido pelo time de adultos que se juntou a Land para cuidar destes jovens.

O passo seguinte foi escolher um nome para este clube. Vários nomes foram citados e nenhum agradava aos rapazes. Um deles sugeriu que, já que estavam em um local de reuniões da Maçonaria, era justo que se usasse o nome de alguém ligado à Maçonaria. Mais uma enxurrada de nomes apareceu e nenhum consenso foi atingido até que o nome e a História de Jacques de Molay, cavaleiro francês da Idade Média que exemplificou a fidelidade e lealdade com o seu comportamento de preservar seus amigos da morte certa oferecendo a sua.

Assim, o novo clube passou a denominar-se Clube DeMolay no dia 24 de março de 1919 (Mais tarde adotara-se 18 de março para coincidir o dia da fundação com o dia em que Molay foi executado). O que veio depois foi o crescimento que se estendeu até os mais longínquos lugares da Terra. Foi transformado de clube em Conselho e por fim Ordem DeMolay que pode ser encontrada em países de grandes proporções como o Brasil ou pequenas ilhas como Aruba.

A Ordem DeMolay está presente no Brasil com cerca de 85 mil membros filiados ao Supremo Conselho DeMolay Brasil, órgão responsável pela administração no país.


Nosso Patrono

O homem que deu nome a Ordem DeMolay nasceu em Vitrey, região do Haute Saone, Sul da França, em 1244. Ao completar 21 anos, foi entrou para a Ordem monástico-militar dos Pobres Soldados de Cristo e do Templo de Salomão, organização que recebeu a sanção papal em 1128 com o intuito de fazer a proteção dos caminhos da Terra Santa.

Esta Ordem de Cavalaria de monges que também pegavam em armas para defender as porções cristãs do Oriente tornou-se famosa não somente pela sua bravura e agudez estratégica, mas também porque recebeu várias doações de terras e outras riquezas para manter seus trabalhos.

Estas doações e outras negociações tornaram os Templários extremamente ricos e poderosos. Como banqueiros de reis e grandes senhores de terras, exerceram grande influência nos governos da época, sendo os pioneiros no uso de algo muito parecido com nossos cheques e cartões de crédito. Um peregrino poderia entregar seus valores numa Casa Templária para viajar mais despreocupado e quando chegasse ao seu destino poderia retirar a mesma quantia. Acreditava-se até que eles seriam capazes de criar um estado independente somente para a Ordem.

Em 1298, Jacques de Molay subiu ao posto de Grande Mestre (alguns defendem o termo Grão-Mestre) da Ordem do Templo. A situação era um tanto complicada, pois com a perda da Terra Santa, a Ordem tinha perdido sua razão de ser e concentrava um grande contingente de homens e de imensas riquezas, porém não podiam ser aplicadas porque ainda que consideráveis não poderiam bancar uma nova cruzada. A Ordem esperava o apoio do povo, do clero e dos reis europeus.

Tal apoio não veio. Ao invés disto, a Ordem que se concentrava em Chipre, assistiu a cobiça do Rei Francês Felipe IV, o Belo e sua tentativa de fundir os Templários com os Hospitalários (esta Ordem também ligada ao socorro de feridos) para controlar ambas e livrar a França de dívidas, além de tornar-se o monarca mais poderoso da Europa. Nesta época, ele já tinha sob sua influência o Cardeal Bertrand de Got, que assumiu o nome de Clemente V, mantendo-o em Avingnon, França.

Em 13 de outubro, uma sexta-feira, ordens até então secretas foram executadas por Guillame deNogaret, Primeiro Ministro Francês. Elas determinavam a prisão de Jacques DeMolay e todos os Templários que fossem encontrados sob a acusação de heresia e traição. Os Cavaleiros não resistiram e foram levados, inclusive o Grande Mestre, para os calabouços onde os que aguentaram, foram torturados por sete anos vivendo à mingua.

Tal procedimento era punido com a fogueira, o que Jacques de Molay teve que enfrentar juntamente com o Preceptor da Normandia, Geofroy de Charney, numa ilha em frente a Catedral de Notre Dame de Paris chamada Isle du Vert Galant, no dia 18 de março de 1314, diante da multidão perplexa.

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